terça-feira, 27 de abril de 2010

Bilhões de Terras espalhadas no Universo?

Do Jornal da Ciência: Planetas rochosos são bilhões, diz estudo.

Trecho: "A atmosfera de anãs brancas é em geral composta de elementos leves, como hidrogênio ou hélio, pois aqueles mais pesados sempre afundam para seu núcleo. Uma proporção grande dessas estrelas observadas pelo Sloan, porém, apresentava traços de cálcio, um elemento bem mais pesado. [...] Tanto interesse por elementos pesados na órbita de estrelas se deve a eles serem aqueles que formam a poeira sólida que se agrega em asteroides e eventualmente, planetas rochosos. Como as anãs brancas são basicamente versões mortas de estrelas como o Sol, a descoberta de Farihi sugere que muitas das estrelas parecidas com a nossa -algo entre 3,5% e 20%- têm o material para construir outras terras, talvez bilhões delas".

Comentário: Esta é talvez a notícia mais importante sobre astronomia desse ano. É daquelas notícias que podem mudar nossa forma de enxergar o cosmo. Nos últimos 50 anos, as poucas vezes em que isso aconteceu nos deu um entendimento muito maior sobre o assunto.

Eu costumo assistir a filmes de ficção científica dos anos 50 e 60. Lá, os asteróides possuem atmosfera e os invasores são de Marte ou Vênus (como os da imagem abaixo, epsiódio de Twilight Zone, 1961). Hoje, isso é aqui do lado.


Em Star Trek, a fronteira final seria a borda (ou o centro) da galáxia. Hoje, estima-se haver mais de 200 bilhões de galáxias.


Quando eu era criança, havia a ideia de que estaríamos sozinhos no Universo, e talvez a Terra fosse um componente único, diverso de tudo o mais. Por uma incrível coincidência, aqui estariam presentes todos os componentes necessários à vida. O planeta tem o tamanho certo pra atmosfera e todos os elementos químicos da tabela periódica.

De uns anos pra cá, já acharam planetas gasosos e rochosos em torno de outras estrelas. Uns mais outros menos parecidos com a Terra. Mas não se sabe se algum pode conter vida.

Agora, se nos próximos anos a ideia de que há bilhões de planetas se massificar, o próximo passo será aceitarmos que há vida lá fora, desenvolvida em vários estágios de evolução.

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